Autor: Carlos Alberto - Data: 03/10/2022 15:05

Administração da Santa Casa de Guaxupé rebate críticas de vereadores

A entidade foi muito criticada por vereadores guaxupeanos na semana passada. Neste conteúdo, o público do Jornal JOGO SÉRIO terá acesso à defesa do Hospital
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O novo gerente administrativo da Santa Casa de Guaxupé, Dr. Rafael Augusto Olinto, enviou nota oficial da entidade, ao Jornal JOGO SÉRIO, a fim de rebater as críticas de vereadores locais, feitas na semana passada, quanto ao atendimento prestado pelo Hospital local. Leia a integra do conteúdo logo abaixo.

NOTA - Referência: Pronunciamento dos vereadores na sessão da Câmara Municipal de Guaxupé em 26 de setembro de 2022.

Num cenário nacional há que se observar ano após ano um represamento de cirurgias classificadas como eletivas e que desaguam nos hospitais e Santas Casas de todo o Brasil que sofrem com a limitação física, escassez de profissionais habilitados e o subfinanciamento do sistema de uma forma geral.
Nesse contexto, não diferente, a Santa de Misericórdia de Guaxupé é uma instituição filantrópica e está inserida no Sistema Único de Saúde como referência microrregional de média complexidade na Rede SUS, fazendo atendimentos, procedimentos, internações e cirurgias eletivas e de urgência e emergência para oito cidades: Arceburgo, Cabo Verde, Guaranésia, Guaxupé, Juruaia, Monte Belo, Muzambinho e São Pedro da União.
O Projeto “Zerar Fila de Cirurgias Eletivas” fez com que fossem projetadas em 2020 a oferta de 1.333 cirurgias, sendo destas 568 para pacientes de Guaxupé. Este planejamento foi desenvolvido através dos trabalhos executados pelas equipes do deputado Emidinho Madeira, do senador Rodrigo Pacheco, da Secretaria Municipal de Saúde e da Santa Casa de Misericórdia de Guaxupé, contando com o recurso de R$ 2,3 milhões.
Após análise do Conselho Municipal de Saúde, foram aprovados 24 diferentes tipos de cirurgias e que seriam executadas a partir de março de 2020; mas que, devido à pandemia, não puderam ser feitas, conforme deliberação nº 7, de 18 de março de 2020, do Comitê Estadual Extraordinário de Enfrentamento à COVID-19.
Como se vê, a demanda represada aumentou e o desafio agora em 2022 é ainda maior. Repetindo as informações prestadas à Câmara Municipal de Guaxupé em 11 de abril: um dos principais desafios é o espaço físico do Hospital, que já tem sido usado em sua capacidade máxima. Ainda sobre isso, não é possível dedicar as salas de cirurgias exclusivamente aos mutirões e que a situação foi agravada com a pandemia de COVID-19, levando diversos profissionais de saúde a se afastarem, exigindo novas contratações. A tabela aplicada pelo SUS não é atrativa para incentivar os médicos a realizarem cirurgias eletivas, visto que, com toda a complexidade das cirurgias, o Sistema ainda remunera muito abaixo do mercado.
É ainda de se destacar que, para se realizar uma cirurgia, existem diversas providências preliminares que devem ser superadas antes de sua realização, tais como: exames pré-operatórios, disponibilidade dos profissionais cirurgião e anestesista, taxa de ocupação do Hospital, avaliação do risco cirúrgico e, não menos importante, a responsabilidade e autonomia do médico ao se decidir pelo procedimento, o que demanda uma análise individualizada por paciente.
Outro ponto a se considerar é que o recurso adveio de forma excepcional e há uma responsabilidade da instituição em se manter as atividades já prestadas que vão além do mutirão de cirurgias. É preciso ainda considerar a responsabilidade e competência do Estado de Minas Gerais no tocante à transferência de pacientes entre hospitais, conforme art. 60 da Resolução SES/MG nº 8.340/2022, que estabelece as diretrizes do Sistema Estadual de Regulação Assistencial e fluxo de Urgência e Emergência no âmbito do Sistema Único de Saúde de Minas Gerais.
Em que pese toda essa complexidade e dificuldades apresentadas, a Santa Casa de Guaxupé já realizou 353 cirurgias e atualmente conta com 80 pacientes em preparação para a continuidade do mutirão.
O recurso financeiro, como já dito em outras oportunidades, é aplicado para que não haja perdas ao erário público, atendendo inclusive a comandos normativos dos órgãos reguladores.
Sempre reafirmando a missão de cuidar da saúde e da vida das pessoas, através de uma assistência segura, humanizada e pautada pela ética, pela responsabilidade socioambiental e financeiramente equilibrada, a Santa Casa de Guaxupé entende o papel político dos vereadores enquanto Poder Legislativo instituído e fiscalizador e roga pelo apoio das autoridades constituídas e a compreensão da população que tanto necessita. - Santa Casa de Misericórdia de Guaxupé, 30 de setembro de 2022. - Rafael Augusto Olinto - Gerente Administrativo.

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