Autor: Aline - Data: 23/06/2025 08:51

UFLA desenvolve biorreator de baixo custo para fortalecer agricultura sustentável entre pequenos produtores

Equipamento permite produção caseira de biofertilizantes e promete transformar realidade no campo
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Uma pesquisa da Universidade Federal de Lavras (UFLA) está revolucionando a forma como pequenos e médios agricultores produzem seus insumos agrícolas. Por meio do desenvolvimento de um biorreator de baixo custo, os produtores rurais agora podem fabricar biofertilizantes de forma simples, acessível e sustentável.

O equipamento faz parte do projeto “Bioinsumos para a sustentabilidade econômica e ambiental de pequenos e médios agricultores”, financiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), e tem como principal objetivo fortalecer a autonomia dos agricultores, promovendo práticas de baixo impacto ambiental.

Enquanto biorreatores comerciais podem custar dezenas de milhares de reais, o modelo desenvolvido na UFLA pode ser montado com cerca de R$ 1 mil, utilizando materiais acessíveis, como uma simples panela de pressão para esterilização. O sistema permite a multiplicação de microrganismos benéficos, especialmente bactérias fixadoras de nitrogênio — essenciais para culturas como o feijão — que atuam como biofertilizantes naturais.

“A proposta é que o produtor produza seu próprio bioinsumo, sem depender de insumos industriais caros e de difícil acesso”, explica a pesquisadora Marcela, uma das responsáveis pelo projeto ao lado de Sílvia Maria de Oliveira-Longatti, ambas bolsistas do CNPq. A orientação é dos professores Fátima Maria de Souza Moreira e Teotônio Soares de Carvalho, do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo da UFLA.

Além do biorreator, a equipe também criou um meio de cultivo econômico, essencial para alimentar as bactérias durante a produção. Enquanto os meios tradicionais custam cerca de R$ 2,50 por litro, a nova fórmula desenvolvida pelos pesquisadores custa apenas R$ 0,73, utilizando ingredientes simples como glicerol e levedo de cerveja.

Para testar a eficácia do projeto, foram realizadas quatro oficinas com agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no assentamento Quilombo Grande, em Campo do Meio (MG). Os resultados surpreenderam: os produtores conseguiram criar biofertilizantes com qualidade equivalente aos padrões laboratoriais, atingindo a marca de um bilhão de células por mililitro, acima da exigência do Ministério da Agricultura.

“Os resultados foram excelentes e demonstram o potencial da tecnologia de ser amplamente adotada no campo”, comemora Marcela. O próximo passo do projeto é expandir o uso do biorreator para outras regiões e incluir bactérias com ação no controle de pragas e doenças.

A iniciativa da UFLA representa mais que um avanço tecnológico: é uma ferramenta de empoderamento para agricultores familiares, que passam a ter mais controle sobre sua produção e contribuem para uma agricultura mais sustentável, justa e alinhada com a segurança alimentar. - AJUDE O jornal que lhe informa a todos os momentos: faça um PIX de qualquer valor para 11.086.919/0001-66. - CLIQUE AQUI e receba os conteúdos do JOGO SÉRIO em seu whatsapp. - NESSE LINK, você passa a seguir a nova fanpage/facebook Jornal JOGO SÉRIO. - A QUALQUER instante, acesse www.jornaljogoserio.com.br e fique muito bem informado.

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