Autor: Carlos Alberto - Data: 23/11/2021 17:27

Após pressão popular, direção da Câmara retira projeto que ampliaria salários de assessores e criaria novos cargos

O projeto foi retirado pelo presidente Zettinho (centro), que assinou a proposição junto ao vice-presidente, Léo Moraes (em primeiro plano, na foto) e o 1º secretário, Wilson Tomate (à esquerda, na imagem)
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A mesa diretora da Câmara Municipal de Guaxupé retirou, nesta segunda-feira, 22 de novembro, o Projeto de Lei nº 48/2021, que "Altera o anexo II da Lei Municipal 2.357, de 8 de outubro de 2015". Para se entender melhor, os dirigentes Donizetti Luciano dos Santos (Zettinho), Leonardo Donizetti Moraes (Léo) e Wilson Ruiz de Oliveira (Tomate) queriam a contratação de consultores para os parlamentares (com vencimentos de aproximadamente R$ 3,5 mil), além de terem pedido a ampliação (que eles chamaram de equiparação) de salários de assessores já contratados (de de R$ 3,8 mil para R$ 5,5 mil).
A retirada do projeto ocorreu ainda no início da sessão, quando o presidente Zettinho anunciou: "A pedido de vários vereadores, a gente está retirando o projeto", informou ele, em plenário. Já o vereador Marcelo Araújo Cunha (da Vigilância) criticou a Mesa pela indicação sem inteirar aos demais vereadores: "Precisamos de um pouco mais de união entre os treze vereadores. Para projetos de grande relevância, que sentemos antes. Não é a primeira vez que falo isso, pois estou nas ruas e sinto isso. Hoje, a melhor solução para esse problema, não seria um concurso? Eu acho que seria", opinou Marcelo.
Já Léo Moraes demonstrou irritação para com a má repercussão da tentativa de aprovar o projeto de novos assessores e consultores: "A gente pede que o pessoal acompanhe mais esses projetos para não fazer esses comentários nas redes sociais. A gente fica triste por vir aqui e ver esse plenário vazio. A população, são poucos que acompanham pela internet e que sabem o que estamos votando. É importantíssimo acompahar os projetos", advertiu o vereador. (CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE)

Queria ou não mudar o Regimento?
Ainda em sua fala, Léo Moraes recordou um episódio de dezembro de 2020, quando ele presidia a Câmara, tentou aprovar um projeto que mudaria o Regimento Interno e ele, então, poderia disputar a reeleição da Mesa Diretora, como presidente. Na ocasião, a reportagem do JOGO SÉRIO veiculou matéria sobre o tema e a repercussão, também muito negativa, fez com que o Léo retirasse o projeto (ele, porém, alega que só não colocou em votação por causa da reforma vultuosa que estava fazendo no prédio da Câmara, substituindo pisos, entre outras obras): "Naquela sessão, no fim de ano, eu tive que retirar o projeto da pauta por causa da reforma da Câmara, mas eram mais três projetos importantíssimos. E o pessoal falou muito de uma Emenda que eu estava colocando no Regimento Interno. Inclusive, era uma Emenda do nobre vereador Jorginho e, depois, ele mesmo viu que a Emenda seria derrubada no Supremo, pois um vereador não pode candidatar novamente a presidente na mesma legislação. Não era essa a minha intensão, mas só para corrigir o Regimento nosso, que estava errado. Então, muitos comentários que saem o pessoal fala sem saber o que está acontecendo. E, naquela ocasião, o pessoal saiu aí com comentários... mas não era minha intensão de me candidatar, pois ninguém sabe quem será eleito para a próxima legislatura. Então, a gente pede que o pessoal acompanhe mais esses projetos para não fazer comentários", disse Léo Moraes.

Ofensas a ex-assessores...
Apesar de já ter terminado seu discurso na sessão de ontem, Léo Moraes pediu (e o presidente Zettinho autorizou) a fala para ironizar: "Devido aos comentários a esse projeto (da tentativa de novos assessores), fico triste por ver comentários de pessoas que utilizaram o cargo de assessor fazendo comentários. Então, é preciso ter um pouco de brio antes de fazer comentários, pois utilizaram o recurso entre 2013 e 2016", finalizou Léo Moraes. Contudo, o político em questão não esclareceu que assessores naquela época ganhavam R$ 1,2/mês, mas agora, no projeto em que ele e os colegas Zettinho e Tomate assinaram, com as anuências da Comissão de Justiça e Redação (Danilo Martins, Paulo Rogério Leite Ribeiro e Gustavo Vinicuis), os valores seriam de R$ 3,5 mil, além dos já contratados, cujos vencimentos saltariam de R$ 3,8 mil para R$ 5,5 mil. Veja, logo mais, no www.jornaljogoserio.com.br, outras informações sobre os atos dos legisladores locais e outros temas pertinentes à comunidade em que você vive. - Se você deseja ajudar o Jornal, faça um PIX com qualquer quantia para (35) 9-8884-6778. Para receber as notícias do JOGO SÉRIO em seu whatsapp, CLIQUE AQUI!

 

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