Autor: Carlos Alberto - Data: 01/03/2020 15:46

Professores de Guaxupé e região mantêm greve por reajuste salarial e melhorias na Educação

Encontro da categoria, ocorrido nesta sexta, na Escola Dona Queridinha, definiu que o professorado intensificará o pedido de apoio à sociedade
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Educadores da rede pública estadual em greve contra o definem ser um "projeto de desmonte e sucateamento da Educação Pública de Minas Gerais" reniram-se na Escola Dona Queridinha Bias Fortes, na cidade de Guaxupé, nesta sexta-feira, 28 de fevereiro, para alinharem a continuidade do movimento grevista. Iniciada no último dia 11, a paralisação está sendo motivada pela defasagem salarial e falta do pagamento ainda do 13º ao professorado. Além deste motivo, os manifestantes criticam a implantação, no início deste ano, do sistema via internet para aquisição de matrículas e até procedimentos dentro de sala de aula. Isto, porque alegam se tratar de um formato falho, que visa substituir os serviços de profissionais ligados ao secretariado, sobrecarregando ainda mais os próprios professores.
O encontro contou com as participações de profissionais da cidade e região, tendo ficado claro o objetivo de fazer com que o Governo de Minas cumpra a Lei Estadual 21.710/2015, que prevê o pagamento do piso nacional à classe. Na semana passada, a Assembleia Legislativa aprovou Emenda com reajuste para os professores, a exemplo do que propôs o próprio governador Romeu Zema, de aumentar em mais de 41% os vencimentos de militares no Estado. A matéria, no entanto, terá que ser sancionada pelo Executivo, que até agora não se manifestou: "Sem esta confirmação, sabemos que o Governo pode vetar a Emenda. Então, ocorre o avanço da greve, já com aproximadamente 60% das escolas de todo o Estado paralisadas", ressaltou um dos organizadores do manifesto em Guaxupé.
Sobre a terceirização de serviços antes executados por servidores ATB’s e ASB’s, os professores enfatizaram: "São cargos exercidos por profissionais que correm o risco de perder postos de trabalho com a informatização ou terceirizaçao de suas funções! Este ano, já sofremos com o desastre do sistema de matrículas on-line, que atrapalhou a vida de centenas de estudantes e famílias que ficaram sem vagas em escolas próximas às suas residências ou que não conseguiram efetuar apropriadamente suas matrículas", lembrou um dos participantes, que salientou a importância do apoio dos pais dos estudantes, cuja boa parte enfrentou dificuldades para encontrar escolas próximas das casas dos flhos.

Apoio da população
Atentos às decisões do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, os guaxupeanos intensificarão por estes dias a busca de apoio junto às famílias dos estudantes e a sociedade, como um todo. "Estamos todos sofrendo, pois trabalhamos em péssimas condições, nossos salários estão defasados há anos e são ainda parcelados. Mas, não é so isto: quantos pais foram tratados sem dignidade pela má informatização do sistema de matrículas este ano? Então, é com eles que contamos para nos ajudarem a sensibilizar o Governo. Estamos todos tristes pelo fato dos alunos ficarem sem aulas, pois tínhamos um planejamento para eles este ano. Contudo, a greve é o último ato que nossa classe encontrou para mostrar ao Estado e o País o quanto estamos sendo sucateados", desabafou uma professora, presente à assembleia na Escola Dona Queridinha. - Com novas ações já programadas para os próximos dias, os professores aguardarão as recomentadações do SIND-UTE, que nesta quinta-feira, 5 de março, debaterá os resultados do encontro com o governo mineiro. Até então, a greve continua.

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