Autor: Carlos Alberto - Data: 05/11/2025 18:06
Entidades cancelam "Feirão Beneficente" após mal entendido sobre doações de roupas
Os representantes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, Casa de Apoio e Acolhida Dom Inácio – CAADI – e Associação de Apoio aos Deficientes de Guaxupé – AADG cancelaram o “feirão” beneficente de roupas seminovas que realizariam nos próximos dias 8 e 9 de novembro, no Centro de Eventos Nabih Zaiat. Isto, porque, conforme noticiado pelo Jornal JOGO SÉRIO, eles teriam sido informados, na semana passada, pelo empresário Eduardo Montovani Gobatti (Du), que seriam contemplados com cerca de cinquenta mil peças de roupas usadas, das quais boa parte pertencia a artistas de nível nacional. Em vez disso, no último sábado, 1º de novembro, receberam um caminhão com vestuários considerados por eles de baixa qualidade, os quais, segundo os reclamantes, não possuem condições de serem comercializadas e sequer doadas. Em sua defesa, o benfeitor alegou que, de fato, a maioria dos donativos foi arrecadado junto a colaboradores de suas empresas, mas que uma pequena parte é sim de astros da TV, com os quais ele mantém relacionamento. (Continue a leitura após ver a publicidade)
Os integrantes das três instituições receberam as roupas na manhã de sábado, quando um grupo de pessoas descarregou a mercadoria de um caminhão basculante, pertencente à fazenda de Gobatti. Na ocasião, os voluntários estranharam as condições dos produtos, uma vez que o prometido, segundo eles, eram itens valiosos. “Quando começamos a triagem, foi um susto, pois havia roupas rasgadas, outras muito sujas e até fezes e ovo de galinha achamos no meio”, disse Jaíne Celestino Salles, da Casa de Acolhida. “Decidimos cancelar o Feirão por respeito ao povo de Guaxupé, que não encontraria roupas de artistas, pois as roupas melhores, que eles afirmam ser de artistas, não vieram como nenhuma certificação, o que as legitimaria”, declarou o presidente da Apae, Cláudio Cordeiro. Também Carmen Rezende, da direção da Casa Dom Inácio, recorreu a apoio jurídico para esclarecer os fatos.
O OUTRO LADO: Já Du Gobatti, em sua defesa, enviou ao Jornal JOGO SÉRIO o seguinte conteúdo: “Depois de tudo que corri atrás, o que mais me tocou foi ver pessoas muito simples, com tão pouco, abrirem mão do que tinham para ajudar. Gente que, pela condição, poderia estar recebendo as doações, mas preferiu doar. Isso me emocionou profundamente e me fez ver que a solidariedade verdadeira ainda vive no coração das pessoas. Com o apoio dos meus colaboradores, buscamos doações nas comunidades próximas a uma das plantas da minha empresa. Foi uma corrente do bem, feita com amor e fé. Por isso, confesso que sinto tristeza com a forma como o assunto foi abordado comigo. Fico pensando: se, ao descarregar o caminhão basculante de dez metros cúbicos repleto de roupas, alguém notou peças em más condições, por que não me comunicaram no momento? Eu teria resolvido imediatamente, como sempre fiz, com transparência e boa vontade. Tentei, com muito esforço, junto de vários empresários de Guaxupé — e a Carmen é prova disso — conseguir doações de caixas de papelão para armazenar as roupas de forma adequada. Infelizmente, ninguém se dispôs a colaborar. Então, usei o que eu tinha: meu próprio caminhão, feito para cargas pesadas, onde as roupas ficaram guardadas por cerca de 20 dias, até que tudo pudesse ser entregue com dignidade. As roupas doadas por artistas e celebridades vieram separadamente, em um veículo de passeio. Entre elas, há peças de altíssimo valor — uma chega a R$ 17.000,00 —, mas o que realmente importa é o gesto, o carinho e a confiança. Recebi essas doações com o coração aberto, sem imaginar que algumas poderiam ser leiloadas. Três artistas já autorizaram o leilão, e outras ainda aguardam a liberação de suas assessorias. Meu único objetivo sempre foi — e sempre será — ajudar. Nas minhas campanhas, nunca peço dinheiro. Peço o que realmente transforma vidas: alimentos, roupas, brinquedos, amor e empatia. Deixo aqui este desabafo sincero, de alguém que pensa muito nos outros, mas que, às vezes, esquece de cuidar de si mesmo. Fazer o bem é um ato de fé, e mesmo quando vem acompanhado de dor ou incompreensão, continuarei fazendo, porque acredito que a bondade verdadeira não precisa de aplausos — apenas de coração”. - Eduardo Mantovani Gobatti.
Ainda sobre o assunto, Eduardo informou ao Jornal JOGO SÉRIO que vai retirar os produtos do galpão, higienizá-los e doar a famílias carentes. AJUDE O jornal que lhe informa a todos os momentos: faça um PIX de qualquer valor para (35) 9-9128-8043. - CLIQUE AQUI e receba os conteúdos do JOGO SÉRIO em seu whatsapp. A QUALQUER instante, acesse www.jornaljogoserio.com.br e fique muito bem informado.
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Redação: R. Dr. Joaquim Libânio, nº 532 - Centro - Guaxupé / MG.



