Autor: Carlos Alberto - Data: 03/08/2020 06:41

Polícia Civil apoia campanha para ampliar teste do pezinho no SUS

A detecção da enfermidade nos primeiros dias de vida auxilia o início mais rápido e mais adequado do tratamento médico, evitando possíveis sequelas como paralisia cerebral e cegueira, por exemplo
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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está apoiando a campanha Juntos pelo Ampliado, do Instituto Vidas Raras, que tem o objetivo de coletar assinaturas para apresentação de Projeto de Lei de Iniciativa Popular na Câmara dos Deputados, propondo a ampliação do teste do pezinho na rede pública de saúde. 

Conforme explica a Chefe da Divisão Especializada de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente da PCMG, Delegada Elenice Ferreira, o teste disponível atualmente na rede pública detecta apenas seis tipos de doenças. Na versão ampliada, realizada atualmente apenas em redes particulares, é possível identificar até 54 doenças raras no recém-nascido. 

A detecção da enfermidade nos primeiros dias de vida auxilia o início mais rápido e mais adequado do tratamento médico, evitando possíveis sequelas como paralisia cerebral e cegueira, por exemplo. “Se a gente conseguir um milhão de assinaturas, o exame do SUS (Sistema Único de Saúde) passa a rastrear 54 doenças. A Polícia Civil de Minas Gerais apoia essa campanha e convida a todos, inclusive os servidores, a assinar a petição”, ressalta Elenice. 

Para o Chefe da PCMG, Delegado-Geral Wagner Pinto, a campanha está diretamente relacionada com a vontade popular e com a democracia. "Um milhão de assinaturas é muita coisa, mas se cada servidor da PCMG assinar e convidar pelo menos outras duas pessoas a fazerem o mesmo, a petição receberá cerca de 30 mil assinaturas. Esperamos poder contribuir de forma significativa", detalhou. 

Em Minas Gerais, a campanha é coordenada pela jornalista Larissa Carvalho, que relata a experiência pessoal com o filho Theo, portador de uma doença genética rara que não foi identificada pelo teste do pezinho. "O meu filho não apresentou problema de saúde algum ao nascer. A medida em que ele crescia, eu notava diferenças no desenvolvimento, em relação a outras crianças. Os melhores neuropediatras avaliaram o meu filho e diziam que poderia ter faltado oxigênio no cérebro dele durante o parto ou minutos antes", explicou. 

Larissa Carvalho peregrinou. Theo passou por vários exames e somente quando tinha um ano e dez meses a família soube que a ingestão de proteína matava os neurônios dele. A acidúria glutárica poderia ter sido detectada pelo teste do pezinho. "O meu filho nunca vai andar, sentar ou falar. Ele teria uma vida como outras crianças se o teste do pezinho não fosse tão limitado. E, para evitar que outros ‘Théos’ passem por isso é que participo desta missão: ampliar o teste oferecido pelo Sistema Único de Saúde. Sou grata à Polícia Civil de Minas Gerais por ter abraçado essa campanha", concluiu. A petição está disponível para assinatura no site www.pezinhonofuturo.com.br.

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