Autor: Carlos Alberto - Data: 27/03/2020 08:03

Secretaria de Saúde de Minas faz coletiva sobre situação do coronavírus no Estado

Secretário Carlos Eduardo Amaral destacou importância do isolamento social como ação de enfrentamento à pandemia (foto: Pedro Gontijo/Imprensa MG)
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Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promoveu, nesta quinta-feira (26/3), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, mais uma coletiva virtual, sobre a situação do coronavírus no estado. O secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, anunciou novos aportes financeiros para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.

“Estamos enviando um grande aporte financeiro para auxiliar municípios e hospitais. Nesse contexto, estamos ampliando o custeio do Pro-Hosp para 100% do valor mensal para os hospitais âncoras no atendimento das vítimas do Covid-19, beneficiando 141 instituições, no valor de R$ 71 milhões que já está sendo processado. Além disso, haverá um aporte excepcional de 25% do valor do Pró-Hosp Gestão Compartilhada para alguns hospitais da Região Metropolitana de Belo Horizonte e, como é esperado um aumento da demanda por consultas nas UPAS de todo o Estado, também haverá um aporte financeiro de R$ 61 milhões para auxiliar no financiamento dessas demandas. Por fim, haverá um aporte para a Atenção Primária de R$ 32 milhões com o objetivo de auxiliar os municípios na prestação de serviços no âmbito da atenção primária”, explicou o secretário.

A qualificação de novos 67 leitos de UTI, feita pelo Ministério da Saúde, também foi abordada na ocasião. “Isso gera um aumento significativo da capacidade operacional no estado e uma nova habilitação de mais 21 leitos, ou seja, o Estado progressivamente está conseguindo ampliar sua capacidade assistencial”, afirmou.

 

Recurso federal

Em paralelo aos recursos estaduais anunciados na coletiva, no dia 16/3, por meio da Portaria de nº 395, houve a liberação do aporte financeiro do governo federal de R$ 42 milhões para 221 hospitais de Média e Alta Complexidade do Estado.

 

Fluxo de notificações

Até esta quinta-feira (26/3), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela SES-MG, o estado apresenta 17.409 casos suspeitos; 153 casos confirmados e 0 óbitos. “A secretaria acompanha de perto o crescimento das notificações. No entanto, é fundamental que a sociedade entenda que notificação não é diagnóstico e não é comprovação do coronavírus. Como Minas Gerais está no estágio de transmissão comunitária, a notificação representa todo quadro gripal ou resfriado que são atendidos. Portanto, é de se esperar que haja esse aumento de notificações”, avaliou o secretário.

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Dario Brock Ramalho, explicou como funciona o fluxo de notificação e de que forma a investigação dos casos é realizada. “Nós dispomos de uma série de sistemas. Os exames laboratoriais são analisados num sistema chamado GAL e os casos são inclusos em outro sistema denominado Redcap. Todo esse banco de dados é qualificado e analisado frequentemente, a fim de eliminar discrepâncias e possíveis erros. As equipes estão empenhadas nesta análise. São várias etapas até que o dado seja consolidado a nível federal e o número total seja fechado. Como o processo é muito dinâmico e complexo, podem ocorrer divergências entre os números do estado e dos municípios, o que é absolutamente normal”, explicou.

Os kits de diagnóstico têm chegado ao estado de forma regular, no entanto, devido à sobrecarga na assistência em relação à pandemia e também na velocidade de notificações, há uma certa demora na resposta dos resultados de exames. “Ativamos um Plano de Contingência laboratorial para cadastrar novos parceiros, mobilizando instituições públicas e privadas e, dessa forma, procurar fazer frente à taxa de ataque veloz do Covid-19”, pontuou o subsecretário.

 

Isolamento social

O secretário abordou, ainda, a questão do isolamento social e classificou que, neste momento, ele é fundamental para evitar o crescimento exponencial da pandemia. “É necessário que a população entenda que, a partir do momento em que o isolamento é feito, há uma demora entre sete e 14 dias para que esse isolamento comece a dar resultado. Quanto mais rápido ocorrer o aumento de casos, maior é o estresse do ponto de vista assistencial, maior é a dificuldade de atender os possíveis doentes. O isolamento tende a achatar a quantidade de casos que ocorrem a cada dia e isso permite que o SUS se adapte, prepare leitos e traga um atendimento melhor em sua prestação de serviços. As pressões do setor econômico são importantes e de fato devem ser levadas em consideração, mas, neste momento, entendemos que o isolamento é fundamental. Assim que tivermos informações de que essas medidas estão tendo de fato resultados, iremos reavaliar a situação”, pontuou.

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