Autor: Carlos Alberto - Data: 19/05/2016 09:54

DOR CRÔNICA: Saiba o que o seu cérebro acha disso!

Muitas vezes, pacientes com dor apenas se tratam, não fazem coisas que gostam e ficam bem limitados e irritados
Facebook Twitter LinkedIn Google+ Addthis DOR CRÔNICA: Saiba o que o seu cérebro acha disso!

Neste último final de semana nos reunimos (Fisioterapeutas e alunos do curso de Fisioterapia do UNIFEG), para aprender mais sobre dor crônica com o Prof. Felipe Fagundes, uma grande referência na abordagem de pacientes com dores crônicas. Fato que nos motivou a escrever sobre o tema, a fim de explicar às pessoas o que elas estão sentindo e como podemos estabelecer metas para que isso seja reduzida. Para isso faremos algumas analogias e esperamos que todos entendam. 

Quando uma pessoa passa uma pena sobre o seu braço o que você deve sentir? Se respondeu que sentiria uma sensação leve como de uma pena, você acertou. Agora imagine que esta mesma pena é um maçarico passando por sua pele. Dói? Pois é, uma dor pode ser marcante para nossos neurônios e ficar memorizado para sempre, ou seja, ser sensível e ter dor persistente por muito tempo. Então, pessoas com dor persistente memorizam que a dor faz parte do usual e da rotina de funcionamento do cérebro. É como se as ligações do cérebro estivessem entrando em curto circuito. Coisas que antes fazia sentir dor, agora vão doer, como, sair de casa, comer, trocar de roupa, ir ao banheiro, brigar com a namorada, ficar nervoso e dai por diante. A dor serve para nos alertar sobre possíveis problemas que vamos ter, porém, quando temos alguma dor persistente, nosso sistema nervoso entra em alerta constante. Isso faz com que estejamos preparados sempre para o que pode acontecer, como: ter medo de movimentar, proteger reduzir as atividades, fugir de qualquer atividade que provoque a dor. Se temos 10 anos de dor, temos 10 anos de um sistema nervoso sensível e em alerta para o que der e vier. Frases comuns encontradas em nosso cotidiano como fisioterapeutas, “eu apenas peguei uma caneta no chão e piorei tudo”, “Meu marido disse que é psicológica”, “Acho que esqueci o leite no fogo, fiquei nervosa e tive uma crise de dor de cabeça”. Sempre há um motivo para a piora da dor, não necessariamente por causa de esforço. No sistema nervoso sensível, mínimas situações provocam dor. Isso nos mostra que não adianta procurar profissionais para lhes dizer “você tem hérnia de disco, bicos de papagaio, artrose, Fibromialgia”, entre outros diagnósticos que são comuns na dor crônica. Procure o profissional que o fará entender qual o tipo e causa da sua dor.

Pessoas que não tem dor persistente, não são irritadas ou estressadas, ansiosas ou depressivas, e esta dor não é psicológica. Se algum profissional disser isso a você, corra o mais rápido do seu consultório, pois ele não sabe a causa da sua dor e esta transferindo o problema de volta para você. Um sistema pouco irritado não é suficiente para atrapalhar ou irritar. Um sistema irritado faz com que a vida se limite a apenas cuidar da dor. Muitas vezes, pacientes com dor apenas se tratam, não fazem coisas que gostam e ficam bem limitados e irritados. Um sistema muito irritado faz com que os pacientes façam apenas uso de Repouso, remédios, drama, sofrimento e irritação, e não fazer mais nada. Isso tem solução? Não é como ganhar na mega sena, mas existem maneiras de melhorar essa sensibilização excessiva. Temos algumas dicas: Conheça sobre seu problema, saiba o que provoca e alivia sua dor; Conheça seus limites e não ultrapasse; Trate a dor quando está leve (menos sensível). Não espere ela agravar; Remédios podem ajudar, mas sozinhos nunca; Pense menos na dor. Quanto mais você pensar na dor mais a dor vai querer que você pense nela; Tenha controle sobre a quantidade das atividades que você pode fazer para evitar a dor. Se não sabe, busque ajuda de um FISIOTERAPEUTA; Aprenda a lidar com a dor de forma mais positiva. Se não sabe, procure um psicólogo. Resolva seus problemas de saúde. Se não sabe, um médico pode ajudar.

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.







Quem Somos

Redação: R. Dr. Joaquim Libânio, nº 532 - Centro - Guaxupé / MG.
TELs.: (35) 3551-2904 / 8884-6778.
Email: jornaljogoserio@gmail.com / ojogoserio@yahoo.com.br.