Autor: Carlos Alberto - Data: 05/09/2020 17:58

Direções estadual e nacional do PSB substituem Marcelino por Maria José e mantêm a proibição a Tadeu

As direções estadual e nacional do Partido Socialista Brasileiro entregaram o diretório de Guaxupé à vereadora Maria José Cyrino Marcelino, que presidirá a legenda oposicionista ao governo federal para garantir pelo menos as candidaturas dos filiados que pretendiam disputar a eleição a vereadores, mas estavam impedidos pela desativação do partido no Município. Conforme Mário Marcelino, que dirigiu o PSB até a semana passada, mas participou de reunião por videoconferência com dirigentes partidários nesta sexta-feira, 4 de setembro, as duas Executivas mantiveram a proibição à candidatura a prefeito de João Tadeu Silva, o "Tadeu da Saúde", que foi rejeitado por pertencer ao grupo do deputado federal Emidinho Madeira, punido pelo PSB por posicionar-se favorável ao presidente Jair Messias Bolsonaro.
Maria José, que viajou para Belo Horizonte às pressas, nesta madrugada de quinta-feira, 3, assumiu o partido com a obrigação de realizar convenção exclusiva para as dezessete candidaturas a vereadores (todos estavam com seus intentos prejudicados com a desativação do partido). A sessão oficial, inclusive já divulgada por meio de Edital, está programada para o próximo dia 15, às 19 horas, na Câmara Municipal. "Vínhamos lutando para que o PSB pudesse ter liberada a chapa para vereadores, pois nunca ficamos fora da disputa. A Estadual chamou a Maria José, que se reuniu com o presidente, Vilson Fataemg, e da nacional, dr. Carlos Siqueira, além da Kátia Gaivoto, secretária responsável pelas publicações do partido. Na ocasião, Maria José assinou o acordo porque toda organização tem seu regimento interno, seu estatuto e sua regras. Com os partidos políticos é a mesma coisa! Então, quando entramos numa equipe, temos de trabalhar em equipe. E quem descumprir as regras estatutárias está fora! Então, foi isto que aconteceu!", explicou Mário.
Conforme já divulgado pelo Jornal JOGO SÉRIO, Tadeu da Saúde, que era o presidente do PSB até julho último, já havia lançado-se como pré-candidato a prefeito. Porém, o partido em nível estadual desativou a legenda em mais de quarenta municípios controlados pelo deputado Emidinho. Isto, porque a direção nacional solicitou a punição do parlamentar, que teria votado por duas vezes contra as orientações da legenda, que é de oposição ao governo federal e recebeu o posicionamento do legislador como infidelidade partidária. Tanto, que no dia 11 de junho Vilson e Carlos Siqueira emitiram comunicado oficial onde expressaram a contrariedade e deixaram claro a restrição nas eleições: "Sobre coligações para as eleições municipais 2020, a comissão executiva nacional resolveu proibir o apoio ou coligação com os candidatos vinculados politicamente com o presidente Jair Bolsonaro", declarou Vilson, que antes havia emitido outra nota oficial com o repúdio às votações de Emidinho. O deputado, por sua vez, não entrou em polêmica, mas disse à Revista Mídia, na semana passada, que: "Não saiu de Nova Resende para ficar atravancando projetos em Brasília, mas sim ajudar na construção do País".
O Jornal JOGO SÉRIO, que acompanha os fatos desde o início, tentou falar nesta tarde de sábado, 5, com Tadeu da Saúde e sua assessoria de comunicação, os quais ainda não responderam ao pedido de entrevista - CLIQUE E VEJA a últim entrevista de Tadeu ao JOGO SÉRIO, sobre este caso. Também Maria José foi contatada, mas por ética ela optou por falar publicamente apenas após conversar com todos os envolvidos do PSB nas últimas polêmicas. Vale lembrar que Maria José conseguiu a reativação do partido e contrariou, com isto, todas as expectativas, haja vista que os dirigentes nacional e estadual já haviam dado por encerrado o caso de Guaxupé quando desativaram a legenda pela segunda vez, com o aval de Mário Marcelino. CLIQUE AQUI e veja a íntegra da entrevista do repórter Carlos Alberto, feita há pouco, com Mário, a respeito das últimas decisões do PSB.

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