Autor: Carlos Alberto - Data: 01/12/2019 11:38

A pedido de Arantes, ALMG discute proposta de privativação do CEASA Minas

A iniciativa atraiu uma série de autoridades
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A Assembleia Legislativa (ALMG) debateu, a pedido do deputado Antonio Carlos Arantes, a intenção do governo federal de privatizar a Ceasa Minas. O tema foi analisado em audiência pública pela Comissão de Agropecuária e Agroindústria, presidida pelo deputado Coronel Henrique, e teve ainda a participação do deputado Professor Irineu; do diretor de Gestão Estratégica do INCRA, Edmilson Alves; do Superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA-MG), Marcílio Magalhães; do Secretário de Agricultura Familiar do MAPA-MG, Marco Alves; do subsecretário da Secretaria Estadual de Agricultura (SEAPA-MG), João Ricardo Albanez, além do prefeito de São Tiago, Denílson Reis, que estava acompanhado dos vereadores Vanderlei Cardoso e João Bolero. Representando a Central de Abastecimento compareceram o presidente da Associação Comercial da Ceasa (ACCEASA), Noé Xavier da Silva; o presidente da Associação dos Produtores de Hortifrutigranjeiros (APHCEMG), Ladislau Jerônimo, o Lauzinho; o presidente da Cooperativa dos Produtores de Hortifrutigranjeiros (COOPHEMG), José Antônio; a presidente do Sindicato dos Empregados, Sânia Barcellos, e o presidente do Sindicato dos Carregadores, Aílton de Abreu, além de produtores, carregadores e prestadores de serviços. O deputado Arantes justificou a reunião: “O governo federal precisa deixar claro como será feita a privatização. A Ceasa é um órgão de segurança alimentar e merece atenção especial. Além disso, metade de tudo que é vendido ali vem da agricultura familiar, que precisa do MLP (Mercado Livre do Produtor) para escoar a produção”, afirmou. Representando o INCRA, o diretor Edmilson Alves informou que o primeiro passo dado rumo à privatização foi a contratação, pelo BNDS, de uma empresa de auditoria para fazer um estudo sobre a situação da Ceasa. O superintendente em Minas Gerais do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Marcílio Magalhães, saudou Arantes como “o deputado que mais trabalha pela agropecuária” e agradeceu pela oportunidade de discutir o assunto. Ele lembrou que “toda mudança causa medo no início, mas trará benefícios para a Ceasa”, ressaltou. No entanto, o subsecretário da Seapa, João Ricardo Albanez, garantiu que o processo não será simples, uma vez que a Ceasa de Belo Horizonte e a de outras cidades do estado são formadas por áreas que têm como donos o Governo de Minas e a União e não dá pra vender uma sem considerar a outra. E segundo ele, o governo federal não tem as escrituras de posse, o que emperraria o processo por algum tempo.

Por sua vez, os representantes da Ceasa alegaram que, desde a inclusão da Ceasa no Plano de Desestatização, a empresa passou a sofrer um processo de sucateamento, onde até lâmpadas queimadas não são trocadas. Todos eles defenderam um novo modelo de gestão para a Ceasa. O presidente da ACCEASA, Noé Xavier, afirmou que é impossível a gestão do jeito que está, uma vez que “tudo depende de licitação que não é feita por falta de dinheiro”. O presidente da APHCEMG, Lauzinho, disse que “enquanto o produtor modernizou, a Ceasa parou no tempo”. Ele é contra a privatização, mas defende uma gestão compartilhada entre governos e produtores. Para o presidente da COOPEMG, José Antônio, “o ideal seria deixar a Ceasa com quem trabalha nela. Se for privatizada, os pequenos produtores podem ser prejudicados. A iniciativa privada só visa o lucro e tem o lado social que precisa ser levado em conta”, destacou. A mesma preocupação foi ainda manifestada pelos representantes dos sindicatos dos carregadores e dos empregados da Ceasa.

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