Autor: Carlos Alberto - Data: 30/10/2019 19:45

Empresário de Guaxupé garante que sistema fotovoltaico ficaria a metade do preço e funcionaria 100%

Juscelino Ferraz prestou depoimento à CPI da Câmara de Guaxupé, nesta quarta, 30 de outubro
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O empresário Juscelino Ferraz de Araúdo, da RA Energia Solar, prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito formada pela Câmara Municipal de Guaxupé para apurar supostas irregularidades na implantação do sistema de energia fotovoltaica nos trevos locais. Conforme já divulgado, o tema foi levado ao Legislativo pelo vereador Jorge Batista Bento da Paz (Jorginho), o qual garante que a Prefeitura poderia ter gasto a metade (em valores) do que investiu no projeto. Mais do que isto, o parlamentar quer provar que o sistema não atende aos propósitos de ser auto-sustentável e ainda gerar energia elétrica gratuita para prédios públicos.
Juscelino foi ouvido nesta tarde de quarta-feira, 30 de outubro, na sede da Câmara, pelos membros da CPI: Donizetti Luciano dos Santos (Zettinho, presidente), Paulo César Beltrão (Paulinho, relator) e Ari Cardoso (membro). Em pouco menos de vinte minutos, o convidado respondeu a questões formuladas pela Comissão, tendo o entrevistado a todo momento afirmado que o Município pagou R$ 2 milhões para iluminar os trevos do Japy, Pólo Industrial e Rodovia Jamil Nasser, mas o serviço, orçado pelo próprio Juscelino, ficaria em, no máximo, R$ 1 milhão. "E isto não só naquela época não, mas também nos dias de hoje", afirmou o empresário, que deu entrevista ao JOGO SÉRIO após prestar depoimento.
O dono da RA garantiu, também, que os serviços executados pela empresa Riccel Construções Elétricas, em 2015, não foram aprovados pela CEMIG e geram, no máximo, 30% de energia. "Se fosse minha empresa a responsável por realizar o projeto, garanto que a economia seria de 100% e, além disto, sobrariam créditos em energia elétrica para abastecer vários prédios públicos. Então, afirmo que o povo saiu prejudicado, pois estamos falando de dinheiro público", disse Juscelino, que não participou da licitação para o referido serviço: "Não participamos porque não tínhamos, na época, cinco anos de atividades", disse o empresário.
Além dos três membros da CPI, também Jorginho interrogou o depoente. Autor das denúncias, o vereador fortaleceu a tese de que houve má administração do dinheiro público com o sistema: "Não funcionou como deveria e o governo municipal fez uma grande propaganda em cima disto, ainda mais em plena campanha eleitoral! Se era para gerar 100% de energia solar, por que só gera 30% e isto depois de minha representação no MP? Foram R$ 2 milhões mal gastos e temos aqui um empresário da cidade que mesmo quatro anos depois garante ser possível fazer o mesmo serviço, gerando os 100% prometidos e ainda por R$ 1 milhão!", questionou Jorginho.
Esta foi a segunda oitiva da CPI do sistema fotovoltaico. Na semana passada, o próprio Jorginho foi ouvido, quando detalhou o motivo pelo qual denunciou o projeto fotovoltaico à Promotoria de Justiça. Com sessenta dias para apurar os fatos e, em seguida, emitir relatório sobre o conteúdo, o trio de vereadores deve ouvir ainda membros da atual Administração Pública Municipal. Também está prevista a participação de especialistas em projetos de construções elétricas, os quais deverão dar seus pareceres. Veja, no www.jornaljogoserio.com.br, outros conteúdos sobre este assunto.

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