Autor: Carlos Alberto - Data: 19/10/2016 11:20
Deputado Arantes participa de reunião na FIEMG para derrubar aumento de impostos de Pimentel
O deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB) participou nesta terça-feira (18/1016) de uma reunião com a diretoria do Sistema Fiemg a convite do presidente em exercício, Romeu Scariolli. A reunião teve como objetivo discutir a proposta do governador Pimentel de aumentar impostos no Estado.
O deputado Arantes é presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e estava acompanhado dos deputados Dalmo Ribeiro (PSDB) e Felipe Attiê (PTB), que também se posicionaram contra a proposta do petista. Pimentel enviou quatro projetos de lei para a ALMG propondo aumentar a alíquota do ICMS sobre o etanol e a gasolina; o IPVA de caminhonetes e furgões, e criar taxas ambientais e de Defesa Sanitária Animal, sobrecarregando ainda mais o setor produtivo. Isso, depois de ter aumentado impostos de mais de 180 produtos e serviços no ano passado.
Antônio Carlos Arantes explicou sua posição. Sou contra qualquer aumento de impostos. Passamos por um momento delicado na economia e, em tempos assim, um governo voltado para o desenvolvimento faria exatamente o contrário: investiria no setor produtivo, tornaria as empresas competitivas e geradoras de emprego, e não tentaria matá-las como está fazendo o governador de Minas. Outra questão é o fato dele não reconhecer a importância do etanol. É o nosso ‘petróleo’. Aliás, é melhor, porque é um combustível limpo e sustentável”, alertou.
O presidente em exercício do Sistema Fiemg, Romeu Scariolli, agradeceu a presença dos deputados. “Vejo que os senhores estão nos estendendo uma mão para nos ajudar a sair desse modelo falido que estamos vivendo. Quero dizer ao senhores que seremos parceiros nessa luta contra o aumento dos impostos”, assegurou.
O deputado Arantes agradeceu afirmando que a oposição está mobilizada e que nos próximos dias irá realizar uma audiência pública discutir os projetos enviados pelo governador propondo os aumentos. “É hora de pressionar os deputados que ainda estão a favor do governo. Eles precisam saber que, se aprovarem mais esse saque, votarão contra os interesses de Minas, contra o povo mineiro”, lembrou Arantes.
INDIGNAÇAO DOS EMPRESÁRIOS
Empresários presentes na reunião manifestaram sua indignação contra um governo que só pensa em aumentar impostos. Para José Maria Meirelles Junqueira, do setor de máquinas e equipamentos, essa é uma atitude “irresponsável, inconsequente, inoportuna e inaceitável”.
A indústria de laticínios, representada por João Lúcio, também se manifestou contrária. “Produzimos 27% do leite do país e somos mais de mil laticínios em Minas. Geramos milhares de empregos e não podemos concordar com isso”.
Alberto José Salum, da indústria pesada, propôs à instituição fazer uma campanha na mídia para alertar a população sobre o aumento nos preços. “Em 2015, as despesas com funcionalismo aumentou 20% e o governo gasta mais do que arrecada. O gasto público é de péssima qualidade”.
Lincoln Gonçalves Fernandez, representando o setor agropecuário, diz que é hora de fiscalizar os gastos do governo. “O governo disse que fez uma reforma administrativa, será que ele conseguiu reduzir os gastos. Devemos acompanhar isso de perto”.
Luiz Fernando Pires, do setor da construção, lembrou que “não faz sentido aumentar impostos num momento como esse. O governo está indo na contramão do desenvolvimento”.
Para Cássio Braga, da Câmara da Indústria de Alimentos, “é hora do governo parar de tirar dinheiro da sociedade”.
Flávio Roscoe, do setor têxtil, afirmou que o “momento já e asfixiante para o empresariado e que o quadro é de desemprego. A situação só se agravaria”, finalizou.
OS NOVOS AUMENTOS
Caso os projetos sejam aprovados, a alíquota do ICMS do álcool combustível subirá de 14% para 20%, e o da gasolina saltará de 29% para 30%. O governador petista pretende ainda acabar com a redução de 30% que atualmente é praticada para cálculo do IPVA dos carros movidos exclusivamente a álcool. Para se ter ideia do quanto essa mudança representará, o IPVA de um carro a álcool que custa hoje custa R$ 20 mil é de R$ 560 (calculado sobre R$ 14 mil). Com o fim do desconto, o mesmo imposto subiria para R$ 800.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Relacionadas
-
Reuniões para aperfeiçoamento devem ser realizada...
-
Deputado federal, na foto em frente ao Hospital G...
-
Reunião dos legisladores locais será às 19h, na s...
-
Situado na área central da cidade, o Cartório Ele...
-
Os visitantes interagiram com os moradores da "Vi...