Autor: Carlos Alberto - Data: 19/01/2024 10:40
Protesto na praça de pedágio de Muzambinho pede a suspensão das obras e a presença de Zema à região
Um expressivo número de pessoas participou, nesta tarde de quinta-feira, 19 de janeiro, de um protesto ordeiro no local das obras de instalação da praça de pedágio do governo estadual, na MGC 491, mais precisamente em Muzambinho, que fica na região Sudoeste mineira. Com a presença de representantes políticos em diferentes níveis (de direita, centro e esquerda), produtores rurais, motoristas, entre outros, o movimento externou o descontentamento geral pela forma com que o Governo de Minas e a direção da EPR Vias do Café tratam a execução dos serviços, cujas tratativas começaram no final de 2022.
O protesto teve como objetivo contestar o valor de R$ 13,17 que será cobrado para trafegar pelos trechos agora de concessão privada. Ao Jornal JOGO SÉRIO, alguns falaram: "O impacto à economia de Muzambinho, além da oneração para a mobilidade regional, são desastrosos! Não fomos consultados e merecemos mais respeito", criticou o prefeito de Muzambinho, Paulo Sérgio Magalhães. "Não somos contra o pedágio, mas contestamos o valor e a falta de melhorias", disse o vereador Gustavo Vinícius Silveira de Paula, representante político de Guaxupé no movimento. "Não fomos ouvidos e colocaram o preço que bem entenderam. Estamos sendo assaltados", endossou o presidente da Câmara Municipal de Muzambinho, Roosevelt Pereira de Paula.
Sob chuva, os manifestantes acionaram, via senador da República, Cleitinho Azevedo, o diretor do setor de infraestrutura do Governo de Minas, Rodrigo Tavares. Com o telefone no viva-voz, o rererido parlamentar de nível nacional colocou o representante do Estado para ouvir as queixas dos presentes. Em nome de todos, conversaram com ele o próprio Cleitinho (do Republicanos), além dos deputados federais Emidinho Madeira (PL), Rafael Simões (UB), e os estaduais, Luizinho (PT) e Rodrigo Lopes (UB).
SUSPENSÃO DOS SERVIÇOS: Entre os presentes ao movimento, os políticos chegaram ao concenso de que o ideal será suspender as obras até que as divergências sejam contornadas: "Se há a intenção, de fato, de ajudar, precisa suspender as obras", argumentou Rafael Simões. "Nada melhor do que o Governo vir e conversar, pois o povo está desnorteado", endossou Emidinho. "Esse pedágio é o muro da vergonha! Por isso, Zema, estamos lhe esperando para conversar olho no olho, pois aqui não terá obra nenhuma! Só recape, pintar isso aqui de cal e faturar R$ 2,7 bilhões às nossas custas?!", indagou o deputado estadual Luizinho. "A sugestão que o Rafael dá é a que todos nós queremos: cancele essa porcaria aí até resolver!", complementou o senador Cleitinho.
O QUE DIZ O GOVERNO? Por telefone, o diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagens de Minas Gerais, Rodrigo Tavares, acolheu as reivindicações e respondeu: "O que a gente pode se prometer é que vamos estar aí até o começo de fevereiro, fazer uma reunião com as lideranças e com o prefeito, para ver, dentro do contrato que temos de concessão, o que podemos atender das reivindicações e buscar fazer as melhorias para a população, o quanto antes, para melhorar a estrada e a qualidade de vida de todo mundo", prometeu o representante do governador Romeu Zema, para o setor de infraestrutura da malha rodoviária mineira.
O PEDÁGIO: De acordo com o apurado, a EPR – Vias do Café administrará trechos da MGC 491 compreendidos nos municípios de Muzambinho, Alfenas (lá teve protesto ontem também), Monte Santo de Minas e Três Corações (a empresa também atua na BR 265, entre Boa Esperança e Nepomuceno). Vencedora da licitação para administrar as vias, conforme contrato firmado com o Governo de Minas, a empreiteira mantém ativas as obras em suas novas praças de pedágio. Em Muzambinho, inclusive, operários trabalham na parte estrutural e realizam operações tapa-buracos nas imedições do local. Ainda a respeito do protesto desta quinta-feira, o repórter Carlão, do Jornal JOGO SÉRIO, registrou ao vivo o evento, sendo que você confere a tudo nesse CLIQUE AQUI. Para ver as fotos do protesto, acesse ESSE LINK.
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