Autor: Carlos Alberto - Data: 12/05/2020 12:12
Denúncias contra clínica interditada em Guaxupé foram feitas por mães de internos
As denúncias contra a Clínica Amor e Vida, de recuperação a dependentes químicos, ocorridas nesta segunda-feira, 11 de maio, quando a entidade sofreu interdição, foram feitas por duas mães de internos, à Guarda Civil Municipal de Guaxupé. Conforme noticiado pelo Jornal JOGO SÉRIO, a instituição estaria funcionando de forma precária, o que será investigado pelas autoridades judiciárias (duas pessoas foram detidas em flagrante).
A interdição aconteceu após a blitz da GCM e da Polícia Militar, onde depararam com o portão aberto, as chaves nas mãos dos próprios pacientes e o local sem nenhum monitor. No flagrante foi encontrada uma mulher amarrada, a qual tem quadro severo de esquizofrenia. Além disto, segundo consta, outros internos demonstravam transtornos psicológicos e tinham acesso a facas, botijão de gás e outros equipamentos. Também mais irregularidades foram apontadas, como restos de comida azeda, cozinha suja, uma paciente nua e latas para os internos fazerem suas necessidades fisiológicas.
Durante a vistoria, duas funcionárias chegaram à clínica e foram conduzidas à Delegacia, nas condições de detidas (na ocasião, a proprietária não compareceu, haja vista que mora fora, mas um familiar seu esteve na cidade, posteriormente, a fim de responder pelos fatos). Dos pacientes, parte deles foi embora com seus parentes e o restante obteve remoção com os apoios das secretarias de Saúde e Desenvolvimento Social da Prefeitura. Ainda sobre a interdição, o Jornal JOGO SÉRIO apurou que o alvará de funcionamento da Amor e Vida está vencido desde o dia 1º de setembro de 2019 (e a direção já havia sido noticiada pela Vigilância Sanitária, tendo informado que providenciava a regularização).
Prefeitura não tem nada a ver...
Durante as diligências à Amor e Vida, um funcionário alegou que a mulher com graves transtornos psicológicos foi deixada no local pela Prefeitura e que a direção da clínica já havia manifestado a impossilidade de tratá-la: "Ela foi deixada aqui pela própria Prefeitura, mas nós já dissemos que não temos condições de mantê-la aqui", disse ele, que se apresentou como terapeuta ocupacional, contratado há dois meses. Porém, o Jornal constatou que não se trata do governo municipal guaxupeano: "Não é verdade que a Prefeitura enviou paciente esquizofrênica para essa clínica. Até porque, quando a Prefeitura de Guaxupé precisa internar algum paciente esquizofrênico, isso acontece com pedido médico, através do SUSFácil em hospital psiquiátrico", informou a comunicação social da Prefeitura, que garantiu jamais ter havido qualquer tipo de contrato com a entidade. - O Jornal JOGO SÉRIO tentou, desde a manhã de ontem, contato com a direção da Clínica, mas até agora não houve retorno.
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