Autor: Carlos Alberto - Data: 22/06/2020 17:52

Empreiteira do Terminal Urbano e da Ponte do Taboão libera pagamento atrasado após pressão de operários

No Terminal Urbano, que está para ser entregue à população ainda em agosto deste ano, funcionários relatam a falta de materiais, além dos frequentes atrasos em seus salários
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A empreiteira Cordefer Indústria, Comércio e Esquadrias, do Estado do Rio de Janeiro e que administra as obras da Ponte do Taboão e do Terminal Rodoviário Urbano, ambas em Guaxupé, efetuou nesta segunda-feira, 22 de junho, o pagamento dos salários dos cerca de quarenta operários. Atrasados há semanas, os vencimentos teriam sido pagos somente após uma grande pressão feita pelos trabalhadores, que foram ser queixaram à diretoria da firma, foram às redes sociais e procuraram a imprensa, a fim de denunciarem os problemas. Em meio à crise motivada pelo Novo Coronavírus, os serviços em questão encontram-se morosos por suposta falta de materiais, entre outros problemas.
O pagamento aos quarenta funcionários foi feito por volta do meio-dia. Dois dias antes, a cidade ficou sabendo da falta de pagamento por meio do trabalhador Celso Pontes, que externou o fato em sua página no Facebook: "Tenho a esperança de que hoje alguém com senso, caráter, pulsos firmes conforme na época da eleição, ajude aos trabalhadores da Ponte do Taboão e do Terminal Urbano de Guaxupé. Trabalhadores e pais de família há 49 dias sem receberem um centavo de salário. A imprensa não quer fazer nenhuma reportagem porque envolve política. Não temos culpa se a empresa não atingiu a metragem. Nós estávamos e estamos lá todos os dias, mas o que fazer sem material?", indagou o rapaz, que é eletricista numa das obras.
A denúncia desencadeou uma série de especulações pela cidade, tendo o Jornal JOGO SÉRIO apurado que, de fato, os salários estão atrasando quase todos os meses. Conforme a direção da Cordefer, a Prefeitura de Guaxupé somente libera o pagamento após conferir o andamento dos trabalhos. Caso não esteja de acordo com as medições e outros trâmites, o repasse de recursos fica suspenso. Mais do que isto, alegam os dirigentes da empreiteira, os impactos negativos motivados pelo Coronavírus provocaram queda de receitas e impossibilitou-lhes de honrar seus compromissos com o quadro pessoal. Isto, principalmente porque a empres precisa custear os salários quando a municipalidade não transfere os valores.
Além da falta de pagamento, os funcionários da Ponte do Taboão reclamam também da morosidade no tocante à liberação de materiais para trabalho, EPIs, entre outros. Alguns, com sintomas de COVID-19 e outras doenças, encontram-se afastados de suas atividades. Outros, segundo consta, "enrolam" praticamente o dia todo, haja vista a carência de matéria-prima. Também sobre isto, a diretoria da Cordefer alegou que está sanando os problemas na medida do possível. Vale lembrar que o Terminal Urbano, cuja área total é de 7.300m², está para ser entregue em agosto deste ano. Com um orçamento de aproximadamente R$ 2 milhões, as obras enfrentam problemas desde 2017, quando duas outras empresas chegaram a iniciar, mas abandonaram os serviços por problemas contratuais. - O Jornal JOGO SÉRIO tentou ouvir a Prefeitura de Guaxupé sobre o problema, mas não houve retorno.

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