Autor: Carlos Alberto - Data: 07/10/2015 01:06

Caetano Cury vence o "37º Prêmio Jornalista Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos"

O publicitário, cartunista e radialista guaxupeano, Caetano Cury Nardi, venceu o "37º Prêmio Jornalista Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos", na Categoria Rádio, tendo sua reportagem, "Mães da Fé", veiculada em março deste ano pela Rádio Bandeirantes, de São Paulo, conquistado a referida premiação. Organizada por verdadeiras sumidades da comunicação social, em parceria com autoridades de diferentes poderes constituídos, a honraria em questão foi criada em 1978 e tem como objetivo reconhecer o trabalho de profissionais e veículos que colaboram com a promoção da democracia, a cidadania e dos direitos humanos e sociais.

A notícia da premiação de Caetano foi divulgada nesta quarta-feira, 30 de setembro, durante o julgamento dos trabalhos, ocorrido em São Paulo, com a participação de dez entidades, numa cerimônia transmitida ao vivo, pela internet. Na ocasião, "Mães de Fé", que destacou a dor de pessoas na Praça da Sé, à procura de entes queridos, recebeu votação unânime da Comissão Julgadora. O documentário campeão concorreu com as matérias "A Doce Ação", do jornalista Robson Machado de Souza, da Rádio Tupi, do Rio de Janeiro e "A Dor que não Passa - Dez Anos da Chacina da Baixada Fluminense", da profissional Juliana de Abreu Duarte Silva, da CBN, do Rio de Janeiro.

Durante a sessão solene de julgamento das peças inscritas, o relator Guilherme Alpendre, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, defendeu abertamente seu voto favorável à reportagem de Caetano Cury (assista isto no 150º minuto da Sessão) e teve a posição acompanhada por todos os membros da Comissão Julgadora ("Mães da Fé" recebeu a premiação principal e "Doce Ação" ficou com Menção Honrosa). "O Caetano Cury traz um trabalho, para mim, novo, no rádio brasileiro. Eu gosto bastante de rádio, ouço bastante e nunca tinha escutado uma peça como esta, tão bem fechada, uma apuração bem feita e, ao mesmo tempo, um cuidado técnico muito grande", comentou Guilherme, durante a votação. Além dele, votaram Marcelo Lavenère (CFOAB), Antonio Funari (Comissão Justiça e Paz), Vitor Blotta (ECA-USP), Julio Neves (Ouvidoria das Polícias de SP), André Freire (Sindicato dos Jornalistas de SP), Márcia Quintanilha (Fenaj), Manoel Carlos Chaparro (Intercom), Marili Ribeiro (OAB-SP) e Nemércio Nogueira (Instituto Vladimir Herzog).

Evidentemente muito feliz com a mais nova façanha, Caetano Cury comemorou a notícia: "Na hora, a gente duvida”, brincou ele, em entrevista aos colegas da Band. Agora, o guaxupeano participará de solenidade no próximo dia 20, a partir das 20h, no Teatro da Universidade Católica – TUCA, em São Paulo. Ex-diretor da Rádio Comunitária - 87FM de Guaxupé e funcionário da Rádio Clube AM - Guaxupé, Caetano cursou Comunicação Social - Publicidade e Propaganda no Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, sendo filho do casal Léa Cury (artista plástica) e Adriano Nardi (agricultor). Quanto à reportagem premiada, "Mães da Fé" fez parte de um documentário mensal, produzido por Caetano e veiculado sempre no primeiro domingo de cada mês, às 22h30 (Depois de ler esta matéria, CLIQUE AQUI para ouvir toda a reportagem "Mães da Fé").

VLADIMIR HERZOG: Quanto ao "Prêmio Jornalista Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos", entre seus propósitos está também reverenciar a memória do profissional preso pela Ditadura Militar, torturado e morto nas dependências do DOICodi, em São Paulo, no dia 25 de outubro de 1975. Criado três anos depois, o Prêmio é organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo; Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo; Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ; Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP; Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo; Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil – UNIC Rio; Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – ABRAJI, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – Intercom e Instituto Vladimir Herzog. 

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