Autor: Carlos Alberto - Data: 02/09/2015 17:39

Morte do garoto Luiz Fernando externou a "grandeza" do povo guaxupeano

A morte do garoto Luiz Fernando, de 3 anos, ocorrida na noite de 30 de agosto último, durante incêndio em sua casa, na Rua Salesianos, área central de Guaxupé, externou o quanto a comunidade local é caridosa. Consternados com a tristeza do casal Jerônimo Cândido de Carvalho e Isabel Cristina Maximiliano Cândido, cidadãos de diferentes localidades, classes sociais e pertencentes aos mais distintos segmentos da sociedade, efetuaram doações para amenizar a dor da família.

As doações começaram logo que a imprensa divulgou a tragédia, cujo conteúdo consternou a população. De lá para cá, tem sido muito grande o número de manifestações nas redes sociais, em grupos religiosos, empresas, escolas, instituições públicas e privadas, assim como nos bairros, em geral. “Eu passei em frente à casa e vi todo o sofrimento da família, quando percebi o quão carente são. Aí, dormi pensando neles, sobre como dormiriam, a questão da alimentação e tudo o mais. Então, decidi colocar o ‘Giga’ como ponto de coleta, divulguei na internet e, graças a Deus, o pessoal ‘comprou’ a ideia, começou a chegar alimento, colchão, tênis e até televisão. Acionei a Prefeitura, eles vieram, já levaram uma remessa e a campanha continua, agora sem alimentos, mas só com roupas”, disse o comerciante Leandro Morais Silva, da Sorveteria Giga Bytes, que lidera grupos de jovens na Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Assim como Leandro, Guaxupé todo, praticamente, uniu-se num gesto de generosidade e sensibilização, com as pessoas doando desde vestuários infantis e adultos, até alimentos, brinquedos, utensílios domésticos, móveis e há quem tenha oferecido dinheiro também. O auxiliar administrativo Rodrigo dos Reis Conti, do Jardim Vera Cruz, foi uma das pessoas que participou da “corrente do bem”, onde muita gente deixou suprimentos no JOGO SÉRIO, os quais foram repassados à Ação Social: “É triste, pois faleceu um garoto de três anos, mas a população de Guaxupé está ajudando bem. A gente só faz isto quando acontece o pior mesmo, mas, enfim, que nós possamos praticar mais ações desta natureza”, sugeriu o rapaz.

À frente da logística da distribuição dos donativos, a Secretaria Municipal de Ação Social recebe os itens e os prepara para a chegada até o destino final. “Arrumamos um abrigo a eles na noite da tragédia, mas a família preferiu ficar na casa das irmãs. Hoje, já está na mãe. No imóvel do acidente não sobrou nada a eles e, por isto, toda a ajuda foi bem vinda. Estamos situados na Rua Capitão João Machado, nº 11, na área central de Guaxupé. Outras informações podem ainda ser transmitidas via telefone: (35) 3552-3261”, disse a secretária, Enilda Malizi, que afirmou já assistir Isabel, seu esposo e a família mesmo antes da tragédia.

Apesar da dor da perda, Isabel aceitou falar com o JOGO SÉRIO nesta tarde de quarta-feira, 2 de setembro, quando aproveitou a ocasião para agradecer aos gestos humanitários das pessoas, das quais a maior parte ela nem conhece: “Estamos numa crise, onde tanta gente passa dificuldade também e, por isto, não esperava receber tantas coisas! Tenho que tocar a vida, pois há outros filhos para serem tratados e eles precisam de nós. Quero que Deus dê em dobro tudo o que estão nos ofertando agora. Obrigado”, disse ela.

Acolhida na casa de sua mãe, que fica na Rua Alcides Baldini, 179-A, entre a área central e a Vila Coragem, em Guaxupé, Isabel e Jerônimo juntam forças para dar sequência à vida, na família que agora se compõe com uma menina de 3 anos, duas com 6; uma com 8 anos; e outros dois jovens, então com 16 e 18 anos de idade. (Isabel autorizou a divulgação de seu endereço atual, caso alguém queira visitar a família).

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