Autor: Carlos Alberto - Data: 13/12/2019 12:36

Polêmica do Cemitério Parque será debatida em janeiro

Laudo apontou contaminação em mananciais próximos ao Cemitério e também em poço artesanal da Cooxupé. Porém, a água que abastece a cidade está livre de qualquer impureza, haja vista inclusive que o local de captação foi alterado no início da década de 2000
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Autoridades de diferentes instituições se reunirão em janeiro próximo para discutirem a polêmica do Cemitério Parque Alto da Colina, em Guaxupé. O assunto, que tem confundido a cabeça da população, por conta da contaminação de mananciais, por necrochorume, veio à tona por estes dias, depois que a Justiça divulgou laudo pericial. No resultado, a Empresa de Inteligência Ambiental e Social, de Piracicaba (SP), contratada pelo Judiciário para realizar o trabalho, detectou problemas em dois de três pontos onde foram feitas as análises (um deles corresponde a poço da Cooxupé e outro está próximo ao Cemitério). Entretanto, sabe-se que a água distribuída pela Copasa encontra-se em perfeitas condições de uso, segundo também constataram os próprios estudos científicos apresentados pela EIAS.
O assunto será debatido em reunião prevista para o dia 22 de janeiro, no Fórum, com as participações de representantes do Judiciário, Executivo, Legislativo, Copasa, sociedade civil, biólogos, entre outros. Na ocasião, o documento emitido pela EIAS será debatido com o propósito de se chegar a uma solução, que poderá ser desde a elaboração de um novo laudo, conclusivo, ou até o fechamento do Cemitério. "Quero dividir a responsabilidade do que acontecerá com a própria sociedade, o que pode resultar até numa audiência pública. Mas, antes, faremos esta reunião", explicou o juiz, dr. Milton Biagioni Furquim, que está à frente do caso e já se reuniu com membros do poder público antes, justamente para tratar da questão.
Conforme já divulgado, no início da década de 2000 a ONG Sítio Tia Marianinha representou contra a Prefeitura, no Ministério Público, sob a alegação de que o novo cemitério, então em construção no Bairro Japy, prejudicaria as nascentes, cujas águas eram aproveitadas para abastecer a cidade. Na ocasião, o biólogo guaxupeano, Sérgio Luiz Faria dos Santos, emitiu um laudo, com o apoio de especialistas da USP/SP, tendo apontado a inconformidade daquela obra, que confrontaria legislações ambientais mineira e paulista. "O laudo do dr. Milton confirma o que eu falei há vinte anos. É triste, mas temo que os mananciais afetados jamais se recuperem", disse Sérgio, que falou com o JOGO SÉRIO esta semana.
Já a Prefeitura de Guaxupé, que também recebeu o laudo da EIAS, emitiu nota oficial, dando conta de que o documento está sendo analisado pelos setores jurídico e ambiental antes da emissão de qualquer parecer do governo municipal. Contudo, tranquiliza a população de que a água que abastece a cidade está livre de contaminação, uma vez que a própria captação de água, feita pela Copasa, está em outro local, distante dos mananciais. Veja, logo mais, informações atualizadas sobre esta questão.

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