Autor: Carlos Alberto - Data: 31/01/2018 14:16

Governador Fernando Pimentel coordena reunião sobre o Plano de Operação do Carnaval 2018

Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e outros órgãos do Estado irão atuar de forma conjunta para garantir a segurança dos foliões em Minas Gerais
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O governador Fernando Pimentel participou nesta quarta-feira (31/1) de reunião com as forças de segurança de Minas Gerais sobre o Plano de Operação do Carnaval 2018 que será adotado no Estado. Assim como em outros anos, todo o efetivo da Polícia Militar estará empenhado na operação.

 

Só na Região Metropolitana de Belo Horizonte serão 12.400 policiais militares nas ruas. Além da corporação, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil e outros órgãos do Estado também irão atuar de forma integrada durante a festividade.  

 

O governador destacou o empenho em programar ações preventivas e pediu que a capacidade das forças de segurança em dar respostas ao interior do estado seja tão qualificada quanto a da capital, cidade que irá receber o maior número de foliões.

 

“O trabalho está muito bem feito, estamos dando uma demonstração de competência de cada setor e mostrando que o Estado está, de fato, cuidando com antecedência daquilo que pode ser previsível. Em Belo Horizonte estamos bem estruturados, temos a experiência do conjunto de forças públicas, que têm capacidade de responder com agilidade e eficiência. Então, vamos manter este mesmo padrão nas cidades do interior. O melhor remédio é a prevenção. Vamos ter um Carnaval alegre e divertido”, afirmou o governador.

 

A expectativa da Belotur (Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte) é de que a festa atraia 3,66 milhões de foliões, distribuídos pelos 515 blocos que irão desfilar nas ruas da capital. A Polícia Militar irá adotar medidas especiais para o policiamento em eventos, em rodovias e para executar campanhas educativas de autoproteção.   

As ações adotadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte também serão aplicadas em outras 45 cidades do interior de Minas Gerais que terão eventos de Carnaval de médio e grande porte. Para garantir o efetivo necessário para a segurança dos foliões, a Polícia Militar adotou medidas especiais como a suspensão de férias, o emprego do efetivo administrativo e de militares em curso, além de unidades especializadas. 

 

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Helbert Figueiró, ressaltou o pedido do governador em reforçar a segurança no interior do estado, principalmente nas cidades que concentrarão um número elevado de foliões.

 

“Vamos dar a essas cidades menores o mesmo potencial de resposta que temos na capital em face de alguma eventualidade. E é importante destacar que teremos todo o efetivo da Polícia Militar disponível para a atividade operacional hipotecada ao Carnaval, sem qualquer interrupção ao atendimento ordinário da população”, afirmou o comandante.

 

Em torno de 2.000 policiais militares serão empregados no policiamento de trânsito rodoviário e ambiental ao longo de 30 mil km de rodovias estaduais e federais delegadas. Durante o Carnaval serão realizadas operações blitzen, com o uso de etilômetros, que irão detectar motoristas alcoolizados, e radares móveis. 

 

A operação, que irá atuar entre os dias 9 e 14 de fevereiro, também prevê a atuação de policiais nas ruas com campanhas educativas junto à população, bem como a divulgação na imprensa e nas redes sociais de como se divertir e ficar atento às questões de segurança.  

 

Sesp

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) aposta em uma novidade tecnológica para ampliar a segurança do folião e potencializar o trabalho das polícias no Carnaval de Belo Horizonte. Um sistema de gerenciamento de ocorrências em tempo real será utilizado pela primeira vez neste ano e vai reunir comandos de trabalho e de solução de problemas para profissionais de 16 instituições.

 

            O novo sistema vai possibilitar o acompanhamento instantâneo de todas as ocorrências – como brigas, roubos, tentativas de estupro, engarrafamentos acima do normal, quedas de árvores, entre outros - com georreferenciamento exato de onde cada problema acontece. 

 

Todas as 16 instituições, já reunidas no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) do Estado, CICC Móvel que estará pelas ruas da cidade, e no Centro de Operações (COP) da prefeitura, avaliarão tudo em tempo real para a tomada de decisões. Com isso, o tempo de intervenção deve ser diminuído, assim como aumentada a racionalidade do uso de homens e recursos de segurança nas ruas.

 

            O Painel Integrado de Eventos de Segurança Pública (Piesp) – nome dado ao sistema – também será testado como aplicativo para um grupo de policiais militares, civis e guardas municipais que estarão na linha de frente nas ruas.  

 

            “Esse painel vai demonstrar de forma online todos os eventos de segurança pública, dando uma fotografia do que está acontecendo no estado. Ele vai possibilitar que as forças de segurança atuem de forma qualificada. É uma novidade muito interessante. A própria força de segurança vai cadastrar seus policiais, e eles farão seu registro e lançarão nesse mapa online as ocorrências. Esse painel continuará sendo usado após o Carnaval”, explicou o secretário de Estado de Segurança Pública, Sérgio Menezes.

 

            Além do monitoramento, o Piesp amplia a qualidade da avaliação da dinâmica da violência e das principais ocorrências no Carnaval de Belo Horizonte, possibilitando melhor planejamento de ações, inclusive para o dia seguinte da folia.

 

Além disso, a carreta do Centro Integrado de Comando e Controle Móvel (CICC Móvel) estará nas principais áreas de aglomeração de pessoas durante os dias da folia para monitoramento estratégico das ações de segurança. O caminhão tem seis câmeras com alcance de até 30 m², monitoradas em tempo real pelos profissionais das instituições que trabalham no interior do veículo. Além do monitoramento visual, o trabalho do CICC possibilita a tomada de decisões rápidas, integradas e estratégicas.

 

            A equipe de Prevenção às Drogas da Secretaria de Segurança Pública também realizará ações educativas de prevenção ao uso abusivo de álcool e entorpecentes entre os foliões. Técnicos trabalharão em blocos infantis e adultos e em eventos de pré-Carnaval.

 

Polícia Civil

 

A Polícia Civil de Minas Gerais vai desenvolver ações especiais em todo o estado, como a Operação Legalidade, que terá o objetivo de cumprir mandados de prisão em aberto e tirar das ruas pessoas que são potenciais cometedores de crime e que podem colocar em risco a vida dos cidadãos e a segurança da população.

 

Além disso, haverá um reforço de efetivo em todas as delegacias de plantão do estado, principalmente, em cidades onde o Carnaval historicamente recebe grande número de pessoas.

 

Outra medida é o incremento do efetivo nas quatro Centrais de Flagrantes (Ceflans) em Belo Horizonte. O trabalho será integrado com todas as forças de segurança estadual e municipal, com a participação efetiva no Centro Municipal de Comando e Controle para monitorar de perto todas as ocorrências.

 

O chefe da Polícia Civil, João Octacílio Neto, destacou a mobilização da instituição para acelerar as demandas no período. “Vamos reforçar os plantões nas delegacias de plantão na capital e os plantões regionalizados no interior para dar maior agilidade nas ocorrências”, disse.

 

Bombeiros

A atuação do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais compreende as atividades de socorro e salvamento necessárias à proteção nas comemorações do feriado, potencializando as ações preventivas junto às rodovias, balneários e locais de recepção de público.

 

O comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Cláudio Roberto de Souza, ressaltou a mudança da legislação que permitiu facilitar a aprovação dos alvarás de desfile dos blocos sem perder a segurança.

 

“Recomendamos aos blocos que tenham o mínimo de proteção e que as pessoas mantenham distância do bloco e de cada veículo para que não ocorra nenhum tipo de acidente. Também é solicitado que os blocos informem os seus trajetos”, afirmou o comandante.

 

Além do serviço rotineiro diário, serão reforçados o efetivo e o número de viaturas nos seis Comandos Operacionais. Todos os integrantes da instituição estarão envolvidos, direta ou indiretamente, no Carnaval 2018.

 

Também haverá prevenção contra acidentes e incêndios nos locais de maior concentração de público e pontos-base em rodovias. Serão analisados projetos de eventos temporários e blocos de rua, bem como campanhas publicitárias de orientação aos foliões sobre segurança e dicas de prevenção. Serão disponibilizados helicópteros para atendimento de emergências. 

 

Copasa

 

A Copasa tem um plano de ação para as 630 cidades onde ela atua. Na capital, em uma parceria com a prefeitura e a Cemig serão instalados 16 mil banheiros químicos para a população que irá pular o Carnaval nas ruas da capital. A companhia receberá o esgoto gerado nos banheiros químicos espalhados pela cidade de Belo Horizonte e dará a destinação necessária.

 

A companhia vai fiscalizar a represa Várzea das Flores, construída no Rio Betim entre os municípios de Contagem e Betim, para evitar banhistas e eventos na orla. A intenção é evitar um acúmulo de pessoas no local e, consequentemente, possíveis danos a qualidade da água e acidentes.

 

A ação será feita em conjunto com a Polícia Militar, o Instituto Estadual de Florestas e as Prefeituras de Betim e Contagem. Haverá ainda uma equipe de plantão 24h para possíveis ocorrências. Em Diamantina será disponibilizado caminhões-pipa e um gerador de energia para possíveis eventualidades.

 

Saúde

 

A Secretaria de Estado de Saúde irá reforçar a campanha “Aids Carnaval 2018: a folia fica completa com camisinha” com ações educativas, além de publicidade em rádios, redes sociais e transporte público.

 

O Estado irá disponibilizar um plantão para as pessoas que tenham suspeita de infecções possam fazer um exame laboratorial com a coleta de material genético. A Fundação Ezequiel Dias terá um plantão 24 horas para recebimento desse material ou amostra recolhida.

 

Além disso, estará em operação um plantão de 24 horas, trabalhando com o centro de informações estratégicas de vigilância em saúde, com o foco principal nos desastres ou emergências em saúde. A vacinação contra a febre amarela será mantida.

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