Autor: Carlos Alberto - Data: 02/12/2016 00:21
O inesquecível dia em que o verde foi a cor do JOGO SÉRIO e do mundo
GUAXUPÉ, 01/12/2016 – 23h56: Já está se finando o terceiro dia após a tragédia com o avião que transportava os tripulantes da aeronave Avro, da empresa boliviana LaMia, junto a atletas, comissão técnica e dirigentes da Chapecoense (SC), e jornalistas de diferentes emissoras, para a Colômbia, onde o time brasileiro disputaria a primeira partida da final da “Copa Sulamericana 2016”, contra o Nacional, de Medelín, na Colômbia.
Daqui a pouco, começa a sexta-feira, chega da gráfica a versão impressa do Jornal JOGO SÉRIO, a gente sai para vender os exemplares e continua a vida, para nós, em Guaxupé, nas cidades da região, onde circula nosso “filho caçula”, levando informações, e, enfim, mundo a fora amanhece e anoitece de novo. Será praticamente aquela rotina deliciosamente parecida, com diferentes emoções, acontecimentos e realizações. Graças a Deus, será sempre assim... poxa, como viver é bom!
Mas, nesta semana, por outro lado, o coração está bem dolorido, o pensamento, nunca sombrio, carrega sombras, as costas parecem pesadas pelo tamanho da dor do mundo. Sim, esta dor que a gente está sentindo lá dentro da alma, por conta dos 71 irmãos que partiram e a minoria de 6, entre a vida e a morte, em hospitais onde anjos encarnados tentam reanimá-los.
É... esta semana está uma angústia só! Não que a gente tenha interrompido as atividades, pois isto não fizeram nem os colegas da FOX Sports, ESPN, Rádio Globo e de tantas emissoras onde trabalhavam profissionais inesquecíveis, que se foram juntos, como o repórter Victorino Chermont, em quem me espelhava, enquanto profissional da comunicação social... o Mário Sérgio, ex-treinador do Timão, comentarista fundamental do FOX Rádio e todos os outros, pois quem ama futebol está sempre em dia com os noticiários.
E, estes dias, quando mesmo quem nunca gostou do “esporte bretão” rendeu aí, que seja, só um sentimento, mas foi de ternura, de consternação, de solidariedade aos “artistas da bola”. Ora! Também não era para menos, pois todo o sonho da “Chape”, que veio lá da Série D do futebol brasileiro para disputar espaço com os “grandões”, na elite, transformou-se num pesadelo, onde os heróis do “Furacão”, como era carinhosamente chamado o time de Chapecó, partiram de forma surpreendente!
Como entender a tudo isto? Bem... deve ser dando tempo ao tempo, pois para poucos é possível compreender, tão rápido, as histórias escritas pelos que morreram; o que estão sentindo os familiares das vítimas, os torcedores da Chapecoense, os moradores daquela cidade, daquele Estado, deste País!!! E os estrangeiros, que maravilhosamente todos os dias tem demonstrado uma maneira diferente de apoiar? Que coisa triste aconteceu, mas que coisa linda está acontecendo no mundo, com gente demonstrando amor, oferecendo o ombro e mandando boas vibrações, com preces e gestos!
É Deus... só o Criador poderá nos conceder, algum dia, o entendimento para diluirmos tanta dor, emoções difíceis de guardar no peito e que, por isto mesmo, escorrem com as lágrimas brotadas do peito!!! Do ponto de vista religioso, sim, cada qual tece sua definição, todas respeitáveis e bem fundamentadas, é verdade. Mas, até o próprio Pai-Maior deve admitir, em sua infinita grandeza, que agora é hora de chorar pelos irmãos sim! É aproveitar o estado de comoção e emanar energia positiva, pois a todo momento vão-se pessoas, sem que sintamos nada por elas. É preciso, então, a tragédia? Se for, ela está aí, de novo, como aconteceu nas guerras, nos massacres, nos mega-acidentes, na vida, em toda a história!
Bem, que este momento, em que o branco e o preto e, no caso em tela, o alvinegro e o alviverde, se encontram numa só corrente de oração, a raça humana aproveite para refletir... busquemo-nos em nós mesmos e, depois, indo ao encontro do outro, dos outros e de todos que conseguirmos e que, é claro, nossos corações nos permitirem. Se hoje há lágrimas, que elas sejam de orgulho pelos membros da “Chape”, assim como os trabalhadores daquele avião, já apontados como negligentes, mas são seres humanos, numa escala de aprendizado, iguais a nós; aos jornalistas, com quem tantas aulas práticas a gente tinha todos os dias; enfim, a cada um que se foi, aos que se recuperam e à nação humana: sabedores que somos de que “Deus, o poder supremo e a inteligência primeira sobre todas as coisas”, nunca nos desampara. Então, se ele permite que seus filhos convivam com tantas situações, é porque deseja que aprendamos, nos fortaleçamos e sigamos em frente. A todos, ótima semana, amanhã tem JOGO SÉRIO impresso, a R$ 2,00 nas bancas e conosco, pelas ruas e... hoje e sempre: #FORÇACHAPE!!!
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